Postado por: Giro do Wal sexta-feira, 12 de setembro de 2014


Hoje inicia-se mais uma nova etapa na minha vida e no Giro do Wal, a estreia da coluna "Do Contra ao Contrário". Por muito tempo fui cobrado por amigos e internautas mais participação no blog, minhas opiniões, falas, declarações e outras. Não que nesses três anos não aconteceu nada disso, mas era muito pouco e digamos a "grosso modo". Por muito tempo adiei e até enrolei para o início desta coluna, quem sabe por medo, muitas ideias e falta delas também, ansiedade... Um certo empurrãozinho de dois amigos, Cláudio e Sebastian, no final do mês passado foi necessário, e este desejo já antigo, junto com a cobrança, fui formatando o que viria por aí. O primeiro passo foi a escolha do nome, primeiro pensei "Dó Ré Mi Fá Wal", que logo foi abortado e em seguida "Do Contra ao Contrário", o qual achei a minha cara e apresentei para  pessoas próximas que logo concordaram e no mesmo dia ganhei a logo de presente do "primo" Juninho Mossca, também criador da logo do Giro do Wal. Daí vocês me perguntam, por que este nome? Simples, sou conhecido por ser uma pessoa alegre, brincalhão e ser do contra em praticamente tudo o que acontece ou me falam, se não bastasse ser do contra, sou contrário ao contra com ideias e argumentos meio diferentes e mirabolantes, entendem? Meio confuso e abstrato ao mesmo tempo né, por exemplo sou católico, que acredita em vida após a morte como os espiritas e gosto de igrejas evangélicas? Mas é assim mesmo e rende uma vida, duas vidas e um tanto. Também acho tudo normal, que tudo está bom e do bem, contudo mais adiante, tudo começa a se remexer na cabeça e vira um caos, mas acreditem, vivo bem assim! Um fato curioso é que quando eu falava para as pessoas que ganhei um quadro no blog, me olhavam espantados e falavam: - Como você ganhou um quadro no seu blog? Tentei explicar por diversas vezes e quanto mais eu falava, mais difícil era a compreensão e ainda  me chamaram de doido, desnorteado, e coisas do tipo.

Para quem não me conhece, vou me apresentar... Sou o Walfredo Júnior, nascido em Caxambu - MG(maior estância hidromineral do planeta terra), moro e estudo Teatro em São João del-Rei, blogueiro, dançarino, bobo alegre, chorão de boca cheia, coração bom, adora tv, amigo, arroz doce de festa e eventos(é o que dizem e aceito), adora um flash e sonhador!

O que esperar da coluna? Digamos que um mix de tudo e mais pouco, assuntos da atualidade e do passado, as mais loucas e engraçadas histórias minhas e de amigos, pautas sugeridas por vocês e o que vier será aproveitado.

A primeira pauta não foi nada fácil. Passaram inúmeras possibilidades, assuntos e sempre falava: "Ah não! Fica para próxima". Ontem assistindo ao último episódio de "A Grande Família", bati o martelo e nada mais justo do que falar do seriado que nos acompanho há treze anos. Me lembro quando estreou em 2001 e era levado ao ar após o Linha Direta. Uma família da classe c do subúrbio carioca, que tem o pai que trabalha, a mãe dona do lar e super protetora, o filho folgado, a filha sonhadora que é casada, mora com os pais e seu esposo é espaçoso, cafona e um sete um, o avô aposentado e a vizinhança com cada figura. Você olha e repara, parece com a minha família, a do meu primo, amigo ou de um conhecido meu. E foi assim que milhares de famílias do Brasil foram se identificando a cada episódio com as confusões, conflitos familiares e muito humor da série. Toda quinta era hábito depois da novela das nove esperar a "Família" e suas hilárias histórias. Com o passar do anos, a série sofreu baixas, como mortes e entra e sai de personagens da vizinhança, assim como acontece na vida da gente, a morte de um parente ou a chegada e partida de amigos e vizinhos. Acompanhou as mudanças comportamentais da sociedade e suas transformações, exemplos da mãe que sai para trabalhar, a filha que sai de casa, a chegada do neto e outros. Suas últimas temporadas foram tomando outro contorno, dando ênfase para o drama e deixando o humor para segundo plano, o riso deu ligar para sérios conflitos. Acredito que estas mudanças foram necessárias para engrenar o programa, mas o problema que o perfil de alguns personagens foram mudando e diferenciando em alguns casos de suas essências e a proposta inicial não figurava mais na trama.

Com maestria o último episódio foi saudoso com o elenco fixo e por todos que ali passaram, seja por participações ou personagens que caíram no gosto popular, resgataram aquilo que sempre foi e será lembrado do programa, o humor! Na minha opinião os pontos altos foram o reencontro emocionante das grandes amigas Nenê e Marilda, Nenê falando que tudo o que a família passou todos estes anos,  foi porque tinha um propósito e a cena em que o diretor Daniel Filho fala que ninguém melhor que eles para formarem e interpretarem "A Grande Família". Não contive as lágrimas e chorei, em pensar que cresci assistindo a série tão querida e pensar que as quintas serão diferentes sem a presença "desta família muito unida e também muito ouriçada, brigam por qualquer razão, mas acabam pedindo perdão..."   Valeu por estas 14 memoráveis temporadas de grande sucesso que nos deixará com eternas saudades!

Pessoal muito obrigado e até a próxima semana!

Walfredo Júnior - Blogueiro, estudante de Tearo e Dançarino.

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