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- Gosto de Domingo - por Sarah Evelyn
Postado por: Giro do Wal
domingo, 5 de outubro de 2014
A caminhada dela.
Ela mudou de pele, de sorrisos de olhares. Mais
uma vez anda apressada pela rua, procurando por quais caminhos virá a se
perder. Não queria mais ver o passado muito menos se entregar sem pensar ao
futuro, mas depois de tudo, por que não se perder e não mais se prender? Tentou
carregar o mínimo de coisas. De pesos lhe bastava os imaginários. Andaria sete
dias e sete noites sem olhar pra trás, se isso lhe trouxesse uma noite de sono
sem pesadelos mirabolantes, somente sonhos tranquilos. Porque era disso que ela
precisava agora, sonhos para não precisar jamais voltar a realidade. Já que
essa não saciava, nunca fora o suficiente. Nem seria, para uma mente tão
desnorteada por meio de sorrisos agora tristes e corações vazios, o real
machuca e tira a alegria do riso.
Viver as aventuras que se perderam pelos dias,
que de pequenos rodeios acabaram se tornando meses e anos. Ela já nem sabia se
teria coragem para começar, mas o que a rodeava não lhe daria outra escolha. Se
ficasse se tornaria tão infeliz quanto eles, pior acabaria virando um deles, se
saísse poderia viver o impossível. Lá nada poderia lhe segurar, somente uma
linha do horizonte e seu mapa imaginário do "como chegar".
]
Pegaria a estrada, pararia em cada encruzilhada,
nunca diria adeus, talvez um "até mais". Pra vida não se precisa de
cerimônias, pensava. Pra vida não se pode mais perde aquele, que muitos julgam
o bem mais preciso, tempo. Para a vida ela, já se considerava atrasada. Era
coisas sem importância que já haviam atrapalhado por de mais o começo dessa
história.
E foi com esse primeiro passo que ela soube que
na verdade não queria saber o final, ninguém precisa saber dele. A única coisa
que realmente importava é que ela voltou a andar e tão cedo pararia de novo,
afinal o impossível dela podia estar a uma esquina de distância até onde a
imaginação conseguisse tocar. Pegou suas coisas, mala nas costas e coração em
mãos. Os olhos fechados, para onde ela iria, eles não conseguiriam levar. Começou
a andar...
Sarah Evelyn - Graduanda em Jornalismo na UFSJ
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