Dezembro é o último mês do ano. É a época das festividades natalina, comércio bombando, amigo oculto, troca de presentes e Réveillon. Paramos, refletimos o ano que passou e fazemos os planos para o futuro. Muita gente adora ganhar presentes e fazem seus pedidos, que muitas vezes são atendidos. Este é o período certo pra isso, correto? Não necessariamente neste circunstância.

De quatro em quatro anos temos as eleições municipais. Inúmeros candidatos a prefeito e vereadores almejam o seu precioso voto de fé, distribuindo alegres sorrisos, calorosos abraços, fotos descontraídas com seus eleitores, as incríveis promessas de que tudo irá mudar e a cidade respirará dias gloriosos.

Tem também aqueles presentes e favores. É aquela laje ganha, os materiais de construção para a reforma, uma ou mais cestas básicas, um caminhão de areia, cinquenta reais para abastecer o automóvel, as carnes e engradados de cerveja patrocinando o churrasco, a pinga no bar, a chuteira para o futebol de campo, o celular com câmera frontal para as selfies, os pasteis para as crianças nos comícios e por aí vai. Olha que quanta coisa boa e bacana! Eleição é o natal antecipado. Papai Noel faz hora extra, viva o bom velhinho.

Daí você me pergunta, você é contra? Claro que não, muito pelo contrário, sou super a favor desses "presentes", confesso que já ganhei alguns e fui em muitas festas de candidatos, o tempo bom. Eleição podia ser todo ano né? A população tem mais que usufruir sim dos "benefícios", mas em contrapartida em momento nenhum se deixar levar por essa boas ações. Na urna, a história é outra. Papai Noel não estará lá e sim quem eu acredito para lutar pelos direitos do povo, que na maioria das vezes, não são os ajudantes do bom velhinho. Apenas reflita...